sexta-feira, 28 de agosto de 2009

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quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Educação física escolar.

Uma pesquisa recém-publicada pela revista Neuroscience revela que o tempo que se gasta com educação física na escola influencia de maneira positiva o desempenho acadêmico dos alunos. Crianças de 9 anos de idade foram submetidos a uma série de testes cognitivos especialmente elaborados para se testar a capacidade de atenção após 20 minutos de repouso. Em um outro dia, as crianças passaram pelos mesmos testes após uma sessão de 20 minutos de caminhada na esteira. O desempenho cognitivo dos alunos foi significativamente melhor quando testados após o exercício físico, acompanhado também por melhores medidas neurofisiológicas que refletem a capacidade de atenção (potencial evocado P3).



Os pesquisadores ainda foram além. Realizaram testes do conteúdo aprendido em sala de aula, com foco em matemática, escrita e interpretação de texto. Mais uma vez, os acertos foram maiores após a atividade física, especialmente no teste de interpretação de texto. Na verdade, os resultados poderiam ter sido ainda melhores se a atividade física realizada fosse mais interessante para as crianças do que caminhar na esteira. Um dos autores do estudo, Darla Castelli da Universidade de Illinois, recomenda que estudantes do ensino fundamental realizem pelo menos 150 minutos de atividade física durante a semana e 225 minutos no caso de estudantes do ensino médio. A pesquisadora recomenda ainda que os professores criem formas de integrar atividade física e conteúdo programático até mesmo dentro da sala de aula.



A crescente preocupação com a competitividade que as crianças enfrentarão no futuro já faz com que algumas escolas estimulem a competitividade desde cedo. Mudanças curriculares têm sido propostas, com redução e até extinção de atividades de educação física e educação artística. A ciência tem ajudado a fazer com que esses tipos de atitude sejam repensadas. Já foi comprovado que o tempo dispendido com educação física na escola traz mais sucesso acadêmico do que se esse tempo fosse investido na sala de aula. Isso sem falar nas dimensões humanísticas, de equilíbrio psíquico e de prevenção de doenças que a educação física é capaz de oferecer.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Diário Catarinense

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quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Competir, só se for com ética
Disputar afeto, atenção, respeito e admiração no trabalho é algo que fazemos o tempo todo. O desafio é não passar por cima de comportamentos socialmente aceitáveis para atravessar a linha de chegada

Anderson Silva Revista Bons Fluidos - 01/05/2009

Você já parou para pensar como tudo na natureza é regido pela competição? As plantas disputam espaço e alimento. Os animais lutam par garantir o território e a chance de procriar. Como definiu Charles Darwin, pai da Teoria da Evolução pela Seleção Natural: "Há uma grande guerra movendo a natureza". Com os homens a história não é diferente. Nossa existência só é garantida pela batalha de milhões de espermatozoides brigando para ver quem fecunda o óvulo primeiro. E depois que nascemos essa luta continua a toda prova. "Quando o bebê chora, ele está competindo com os outros membros da família pela atenção da mãe, e é por essa habilidade que ele garante sua sobrevivência", comenta a psicopedagoga Maria Cristina Mantovanini, do Instituto de Educação Superior Vera Cruz, em São Paulo. Na infância, a disputa se concentra entre os colegas e os irmãos e segue nos acompanhando vida afora. "Estimular a solidariedade pode neutralizar atitudes individualistas e predatórias." Luis Carlos de Menezes, professor da Faculdade de Educação da USP "Competir não é um coisa ruim, pelo contrário, é uma das forças motrizes da vida e um dos principais responsáveis pelos avanços da sociedade", avalia Maria Cristina. Foi por meio das disputas que os grandes atletas conseguiram alcançar marcas impensáveis e que os cientistas desenvolveram novas tecnologias, só para citar dois exemplos. "É justa a competição que se inspira no respeito mútuo e no reconhecimento de que sem competidores não tem partida", completa o físico Luis Carlos de Menezes, professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP). "O importante é lutar com armas como o talento, a inteligência, a técnica e a experiência." Seja qual for a razão que leva alguém a entrar numa disputa, ela jamais deve se sobrepor ao comportamento ético. Dissimulações, manobras, rasteiras e mentiras devem ficar de fora da briga. Coisas que, infelizmente, ainda são bastante comuns nos dias de hoje. Uma das raízes desse tipo de comportamento inaceitável pode ser encontrada ainda nos primeiros anos de vida da criança. "Os pais que estimulam a competição em casa, que exigem que o filho seja o melhor da escola e o expõem como um troféu, dizendo a todos suas qualidades impecáveis, estão ensinando que para ser amado ele precisa ser o melhor, sempre", ressalta Maria Cristina. "Consequentemente, a criança cresce com medo de desagradar e de ser rejeitada caso não vença sempre e isso gera um enorme sentimento de frustração na vida adulta, já que ninguém é capaz de ser o melhor em tudo. Cada um tem suas habilidades e se sairá melhor em uma disputa ou outra." Na realidade, são esses pontos que deveriam ser reforçados, e não o contrário. Só assim o pequeno poderá caminhar para a maioridade de uma maneira equilibrada e consciente de suas reais possibilidades. UNIÃO DE FORÇAS Ainda no âmbito da infância, é importante que as crianças aprendam, tanto na escola quanto em casa, a compartilhar com os colegas e a família os motivos que as levaram a vencer uma partida. Quais estratégias usaram para ganhar? O que elas podem ensinar para que os adversários melhorem seu desempenho? Numa atividade aparentemente simples como essa, há um aprendizado muito importante: os grandes vencedores são aqueles que sabem colaborar com os outros e que percebem na vitória uma chance de aprendizado. "Estimular a solidariedade pode neutralizar o individualismo predatório, uma das características mais nocivas da atualidade", pondera Menezes. Assim, a criança vai aprender a não se importar somente com o resultado, mas com toda a diversão que uma competição pode gerar. As vertentes mais modernas da Educação apostam nessa ideia. Valorizar o trabalho em equipe e entender que o conhecimento construído coletivamente é fundamental para desmitificar o desejo individual da autossuficiência. "No ambiente corporativo, a colaboração deve ser a base da competição. As chances de sucesso são maiores quando todos se preparam para alcançar um objetivo comum, pois a união de forças garante um maior conhecimento acerca do objeto da disputa", ressalta Eugenio Mussak, consultor em desenvolvimento humano e profissional, de São Paulo. Por outro lado, ninguém tem que se sentir infeliz por perder uma partida. As contingências que levaram a esse desfecho podem se transformar em oportunidades mais à frente. "Uma vitória não se conquista ao acaso. Ela é fruto de muita dedicação e preparação", diz Mussak. Assim, competir deve estar ligado a se autossuperar e melhorar sempre. Um aprendizado para lá de importante e que pode garantir no futuro um comportamento diante das derrotas da vida muito mais seguro e livre das frustrações que costumam bater à porta quando perdemos uma batalha.